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11 junho, 2010

E no fim, ar.

Não, eu não sou daqui.
(Com uma carinha engraçada, olhinhos apertados e sorriso largo)
Eu sou do lado de lá.

Eu gosto de pairar.
Sou quem criou a brisa lenta, o vento do mar.
O velho pássaro que insiste em voar.
Ando devagar, sem pressa... ando sem lugar.
Ah! Antes que eu esqueça, deixa eu te falar:
moro no canto direito da Av. Primavera,
caso queira me encontrar.
Sou a flor que espera a quimera.
Sou daquelas que gosta de colorir, cortar, dobrar.
Além claro, de não saber me arrumar.
Quero que entendas que não sou desse lugar;
só vim aqui para te encontrar.
Te fazer acreditar.
Confie em mim,
só quero ter o simples prazer de te acompanhar.
Por essas ruas desertas, sentir o vento me tocar.
E quem sabe um dia - talvez hoje -
eu possa finalmente desabrochar.
Enfim, poder te beijar até me faltar esse bendito AR.
.
.
.
Rafaela Ventura.

5 comentários:

Anônimo disse...

Deixe que falte o ar, deixe que te encontrem...

Celso Andrade disse...

Belas palavras conterrânea!

abraço

celso

Ludi disse...

pq é quando falta ar que a gente se enche de brisa...temjeitonão!

Marcos de Sousa disse...

É quando falta o ar que começa a felicidade. Belo poema.

Marcos de Sousa disse...

Pode deixar que estarei sempre por aqui. Sempre que puder visitar-me novamente será muito bem-vinda.